Lista dos Reis de Judá

Yahshurun - Herança de Yah
20 de jul.
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O Reino de Judá foi um dos dois reinos que surgiram após a divisão do Reino Unido de Israel, por volta de 931 a.C., após a morte do Rei Salomão. Enquanto o Reino do Norte manteve o nome de Israel, o Reino do Sul, com sua capital em Jerusalém, passou a ser conhecido como Judá. Este reino foi governado pela Dinastia Davídica, ou seja, os descendentes do Rei Davi, e manteve o culto no Templo de Jerusalém como seu centro religioso. Judá existiu por mais de 300 anos, enfrentando desafios internos e externos, incluindo conflitos com o Reino de Israel, pressões de impérios vizinhos como a Assíria, o Egito e a Babilônia, até sua queda em 586 a.C. com a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico.

Rei Salomão com pele negra entronizado em seu trona rodeado de suas esposas e concubinas. Salomão com o cabelo black e vestes verdes e barba volumosa, adornado com ouro de ofir — Rei Salomão de Israel Unificado

Principais Feitos dos Reis de Judá em Ordem Cronológica

A seguir, um resumo dos principais reis de Judá e seus feitos notáveis:

Roboão (c. 931-913 a.C.): Filho de Salomão, seu reinado marcou a divisão do reino devido à sua recusa em aliviar os fardos impostos pelo seu pai. Ele fortaleceu as cidades de Judá, mas enfrentou uma invasão egípcia que saqueou o Templo.
Abias (c. 913-911 a.C.): Filho de Roboão, é conhecido por sua vitória militar sobre o Reino de Israel, liderado por Jeroboão, em uma batalha significativa que resultou em muitas baixas para Israel.
Asa (c. 911-870 a.C.): Um rei que buscou reformas religiosas, removendo ídolos e práticas de adoração pagã. Ele fortaleceu as defesas de Judá e obteve uma vitória notável contra um exército etíope.
Josafá (c. 870-848 a.C.): Conhecido por sua justiça e piedade, Josafá promoveu reformas administrativas e judiciais. Ele estabeleceu juízes em todas as cidades fortificadas e buscou alianças, inclusive com o Reino de Israel, embora algumas delas tenham sido problemáticas.
Jorão (c. 848-841 a.C.): Filho de Josafá, seu reinado foi marcado por apostasia e instabilidade. Ele assassinou seus irmãos e enfrentou rebeliões de Edom e Libna, além de uma invasão filisteia e árabe.
Acazias (c. 841 a.C.): Reinou por um curto período. Sua morte está ligada à purga de Jeú no Reino de Israel, onde foi morto por ser parente da casa de Acabe.
Atalia (Rainha, c. 841-835 a.C.): Mãe de Acazias, ela usurpou o trono após a morte de seu filho, tentando eliminar a linhagem real de Davi. Governou com mão de ferro, promovendo o culto a Baal, até ser deposta e executada.
Joás (c. 835-796 a.C.): Salvo da matança de Atalia ainda bebê, foi coroado rei com a ajuda do sacerdote Joiada. Ele iniciou reformas no Templo, mas após a morte de Joiada, permitiu a volta da idolatria.
Amazias (c. 796-767 a.C.): Começou seu reinado bem, punindo os assassinos de seu pai. Obteve uma vitória sobre Edom, mas sua arrogância o levou a desafiar o Reino de Israel, resultando em uma derrota humilhante e a destruição de parte dos muros de Jerusalém.
Uzias (Azarias) (c. 767-740 a.C.): Seu longo reinado foi um período de prosperidade e força militar. Ele expandiu o território de Judá, fortaleceu o exército e promoveu a agricultura. No entanto, foi atingido por lepra por tentar oferecer incenso no Templo, um ato reservado aos sacerdotes.
Jotão (c. 740-736 a.C.): Governou enquanto seu pai Uzias estava leproso e depois por direito próprio. Ele fortaleceu as defesas de Judá e manteve a adoração ao Senhor, embora o povo continuasse a se corromper.
Acaz (c. 736-716 a.C.): Um rei que se desviou da fé, introduzindo práticas idólatras e até mesmo sacrificando seu filho. Em face de uma ameaça sírio-efraimita, ele buscou a ajuda da Assíria, tornando Judá um estado vassalo.
Ezequias (c. 716-687 a.C.): Considerado um dos melhores reis de Judá, Ezequias empreendeu uma grande reforma religiosa, destruindo ídolos e restaurando o culto no Templo. Ele também fortificou Jerusalém e resistiu à invasão assíria de Senaqueribe.
Manassés (c. 687-642 a.C.): Seu reinado foi o mais longo e um dos mais idólatras e perversos na história de Judá. Ele reverteu as reformas de Ezequias, construiu altares pagãos e sacrificou seus filhos. No entanto, após ser levado cativo pelos assírios, ele se arrependeu e buscou a Deus.
Amom (c. 642-640 a.C.): Filho de Manassés, seguiu os passos idólatras de seu pai antes de seu arrependimento. Reinou por apenas dois anos e foi assassinado por seus próprios servos.
Josias (c. 640-609 a.C.): Um rei piedoso e reformador que, após a descoberta do Livro da Lei no Templo, iniciou uma reforma religiosa abrangente, eliminando a idolatria e restaurando a Páscoa. Ele é lembrado por sua dedicação à lei de Deus.
Jeoacaz (c. 609 a.C.): Reinou por apenas três meses antes de ser deposto pelo Faraó Neco do Egito e levado cativo para o Egito, onde morreu.
Jeoiaquim (c. 609-598 a.C.): Colocado no trono pelo Faraó Neco, ele foi um rei opressivo e idólatra. Desafiou o profeta Jeremias e queimou o rolo de suas profecias. Durante seu reinado, a Babilônia começou a exercer sua influência sobre Judá.
Jeoiaquim (Joaquim) (c. 598-597 a.C.): Reinou por um curto período de três meses e dez dias. Ele se rendeu a Nabucodonosor da Babilônia e foi levado para o exílio babilônico, junto com a elite de Judá.
Zedequias (c. 597-586 a.C.): O último rei de Judá, colocado no trono por Nabucodonosor. Ele se rebelou contra a Babilônia, o que levou ao cerco e à destruição final de Jerusalém e do Templo, marcando o fim do Reino de Judá e o início do exílio babilônico.